Neste domingo (15),
a 0h, os ponteiros dos relógios deverão ser adiantados em uma hora. Tradição
desde 1985, o horário de verão vai vigorar até fevereiro de 2018 nas regiões
Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Usado por muitos
países no mundo, o horário de verão surgiu para evitar um sobrecarregamento do
sistema elétrico. Atualmente, mesmo com os dias mais longos, o uso de energia
elétrica durante o período chega perto da neutralidade.
No entanto, a
tradicional prática faz parte de gosto de parte dos brasileiros. Além disso,
alguns setores econômicos, como o de varejo e de esporte, se beneficiam com um
período prolongado de luz natural.
É o caso do publicitário
Hugo Moreira, 23, sócio de uma empresa de óculos de sol. “Gosto do horário de
verão. O primeiro motivo é pelos negócios. Vendemos óculos de sol e, com um
horário de sol a mais, os consumidores tendem a comprar mais o produto”, diz.
“A gente vê um movimento em direção à compra”, completa.
Para ele, um
horário a mais de luz solar também agrada ao final de expediente, momento em
que pode aproveitar a hora extra para fazer outras atividades. “Aproveito para
fazer esportes e curtir mais o restante do dia. Não dá a sensação de que você
teve um dia incompleto ao sair do escritório após um dia de trabalho”, explica.
No caso do
estudante Gabriel Freire, 23, o horário de verão pode incomodar quem tem uma
rotina que começa mais cedo. “Eu acordo muito cedo por causa dos estudos e
ainda está escuro. Como tenho mais tempo para fazer exercícios pela manhã, o
horário de verão atrapalha um pouco”, afirma.
Mais importante que
a economia nos horários de pico, Freire alerta que medidas de economia durante
o cotidiano, como evitar deixar aparelhos eletrônicos desligados na hora de
dormir, podem ser mais eficazes que aproveitar uma hora a mais de luz natural.
Uso consciente
No ano passado, o
horário de verão gerou uma economia de R$ 159,5 milhões, segundo o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esse valor superou as estimativas iniciais,
que apontavam para uma economia de R$ 147,5 milhões.
O período, que
durou um total de 126 dias, gerou ganhos qualitativos em relação à redução do
consumo no horário de pico noturno, diminuindo os carregamentos no sistema de
transmissão e aumentando a segurança do atendimento ao consumidor.
Fonte: Governo do
Brasil, com informações do Ministério de Minas e Energia