Dirigentes
da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais (Amef), do Centro das
Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) e da
Associação de Reflorestadores do Estado de Mato Grosso (Arefloresta)
reuniram-se no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso
(Crea) para discutir as providências que deverão ser tomadas em relação à
morosidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente. A situação que já se
apresentava caótica com a destinação de milhões, dos recursos que deveriam ir
para Femam-Sema, e foram para a chamada conta única do Estado e a defasagem e
burocratização das ferramentas utilizadas para a operacionalização do sistema
processual atingiu o seu ponto mais crítico com a dispensa dos mais de 120
estagiários e mais de 150 servidores contratados, fundamentais para o
funcionamento do órgão.
O ”rombo”
na conta do Femam-Sema seria de aproximadamente 19 milhões, sendo R$ 12 milhões
somente de 2012. Há processos de licenciamento protocolados na Sema desde 2005
a espera de liberação e as análises de mais de 6.000 processos estão atrasados
por falta de recursos, que são pagos adiantados, à vista pelos proprietários
rurais. No mesmo período do ano passado o passivo não passava de 150 processos
para análise.
”Atualmente,
o licenciamento de uma propriedade rural leva em média quatro anos para ser
liberada no estado de Mato Grosso, prazo este que não ultrapassaria 15 dias se
houvesse quadro técnico suficente e preparado para atender a demanda”, apontam
as entidades. Segundo a diretoria da Amef uma das causas para a morosidade foi
o aumento da burocracia imposta pela legislação ambiental, a falta de uma
reestruturação profunda no sistema e na legislação estadual, falta de vontade
política e a falta de recursos.
”Sem o Licenciamento Ambiental Único (Lau) o proprietário rural não consegue financiamento em bancos, nem fazer o plano de manejo florestal, o plano de exploração florestal, pedir queima, desmatamento ou qualquer outra atividade em sua proriedade”, enfatiza o presidente da Amef, engenheiro florestal Joaquim Paiva de Paula.
Outra
situação que se tornou constante na secretaria, de acordo com os participantes
da reunião, é a reprovação de projetos apresentados por engenheiros florestais
devidamente regularizados juntos ao seu Conselho por servidores sem registro
técnico que possuem apenas o ensino médio.
Os
participantes dividiram-se em comissões para colocar em prática as deliberações
decididas durante a reunião. A primeira ação será a mobilização junto ao
Ministério Público e a Assembleia Legislativa, ainda esta semana. Os apelos
feitos ao Poder Executivo foram ignorados até o momento, de acordo com as
entidades.
Fonte: Só Notícias com assessoria
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