
Aos 51
anos, Waldemar Ruy dos Santos se recupera de uma doença grave, chamada
popularmente de “doença do pombo”. A neurocriptococose, que é provocada por
fungos nas fezes dessas aves, resultou em complicações no cérebro.
Ruy e a
mulher, Sandra Santos, vivem este drama desde 10 de fevereiro, quando ele foi
internado pela primeira vez e começou a maratona de cirurgias. Ao todo foram
seis. Em entrevista ao R7, Sandra conta que
cinco meses antes disso ele sentiu fortes dores de cabeça, começou a perder a
coordenação motora e estava se sentindo mal.
— Não é
segredo que o Ruy é soro positivo, assim como não escondemos que ele foi
usuário de drogas. Quando ele se queixava à médica, ela dizia que era por
abstinência e se negava a fazer os exames. Foi quando resolvemos vir para São
Paulo.
Após
quinze dias hospedados em hotel a procura de um lugar para morar
definitivamente na capital paulistana, Ruy teve dois desmaios e foi levado ao
Hospital Emílio Ribas. O cérebro estava inchado e cheio de líquido e o médico
afirmou a Sandra que se ele não tivesse dado entrada naquele momento, teria
sido fatal.
—
Sabemos que não é só a doença, mas tudo prejudicou. A droga prejudicou e o
vírus [HIV] também.
Na
última segunda-feira (17), o locutor voltou a ser internado no Hospital Emílio
Ribas, em São Paulo, e preocupa a mulher.
— Ele
não consegue engolir nada e se alimenta por sonda. Para ouvi-lo preciso chegar
bem pertinho, pois ele não está conseguindo falar.
Asa Branca ao lado da
companheira Sandra Santos
(Foto: Reprodução/Facebook)
Amigos
do rodeio sumiram
Além do
problema de saúde, o locutor passa por dificuldades com dinheiro. A mulher de
Asa, Sandra Maria dos Santos, com quem ele está casado há cinco anos, chegou
até a ir à TV para pedir ajuda financeira.
Sandra
conta que não consegue trabalhar, pois precisa ficar o tempo todo com Ruy e
precisa pagar fisioterapia, aluguel e uma auxiliar nos cuidados com o locutor.
Perguntada sobre a ajuda dos amigos, Sandra diz que eles sumiram.
—
Amigos? Ele não tem amigos. Os amigos do rodeio sumiram. Eles ligam contam uma
historinha, dizem que vão ajudar, mas somem. Não ajudam em nada. Os amigos dele
de fora do rodeio é que estão me ajudando. Fome nós não passamos ainda.
Thamires
Rodrigues, amiga da família, diz que para tentar arrecadar grana, Sandra mandou
fazer camisetas e vai vender os tais CDs.
— O
valor da gráfica fica cerca de R$ 3.500, mas a Sandra não tem esse dinheiro.
Estamos tentando entrar em contato com pessoas de rodeio e fãs para tentar
ajudar.
O locutor Asa Branca
virou um ícone das festas de peão
(Foto: Reprodução/Facebook)
Inovação
nas arenas de rodeio
Asa
Branca foi responsável por trazer o microfone para dentro da arena, mas ele
começou mesmo como peão, em 1984. Ele montava em touros, mas por causa de um
acidente com o chifre de um boi acabou virando locutor. Depois de sair em busca
de uma especialização nos Estados unidos, voltou com um microfone sem fio e
introduziu a novidade da locução dentro da arena da Festa de Peão de Barretos
em 1986.
O
locutor fez das locuções um verdadeiro show. Ele entrou na arena em Barretos de
helicóptero surpreendendo o público, o que virou sua marca registrada.
Bem
mais magro, Asa Branca tem dificuldades para falar e tem tremor em uma das
mãos, mas segue firme na luta pela vida.
Fonte: R7
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