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(Foto: Ilustrativa) |
No domingo (03) haverá um eclipse solar híbrido, que é raro e é assim
denominado quando um eclipse solar anular (ou anelar) ocorre junto a um eclipse
total do Sol. De acordo com o site "universe today" esse eclipse será
anular nos 15 primeiros segundos e depois será do tipo total.
Um eclipse é classificado de acordo com o modo que pode ser visto na
Terra. "Porém, nem todos os habitantes do nosso planeta o verão da mesma
maneira. Para alguns observadores ele será apenas parcial, e para outros, ele
não será visível. Nos lugares em que este eclipse solar poderá ser observado no
Brasil ele será apenas parcial." A explicação é da professora Telma Couto
da Silva, doutora em Astronomia.
Em Mato Grosso, o eclipse solar parcial alcançará o Norte Araguaia e
chegará a Guarantã do Norte, mas em termos práticos, apenas em Vila
Rica e Santa Terezinha ele poderá ser observado. Um
eclipse solar acontece quando a Lua, na fase nova, se interpõe entre o Sol e a
Terra e esses três astros estão alinhados. No eclipse solar total, o Sol fica
totalmente encoberto pela Lua; no parcial, apenas uma parte do Sol fica
obscurecida pela Lua; no anular, apenas o centro do disco solar fica encoberto
pelo nosso satélite, e a parte visível do Sol tem o formato de um anel,
descreve.
Isso ocorre porque a Lua é um corpo extenso e projeta a sua sombra no
espaço. "A parte central dessa sombra é escura e denominada umbra. A umbra
tem a forma de um cone que fica mais estreito quando atinge a Terra. Um eclipse
solar total ocorre numa faixa da Terra com menos de 270 km de largura.
Somente quem estiver nessa faixa, conhecida como caminho da totalidade,
consegue observar o eclipse total do Sol. A parte mais externa da sombra é
denominada penumbra e espalha-se numa região de aproximadamente 3000 km de cada
lado do caminho da totalidade. Na região da Terra atingida pela penumbra ocorre
um eclipse parcial do Sol. Quando a Lua está alinhada com o Sol e o seu
diâmetro aparente é menor do que o solar, acontece um eclipse solar anular. O
eclipse solar híbrido ocorre devido ao achatamento da Terra.
O nosso planeta não é uma esfera perfeita, mas sim, um esferóide. Devido
à curvatura da Terra os lugares que estão mais distantes da Lua saem fora da
estreita faixa da totalidade e entram na penumbra. Os observadores localizados
nesses lugares visualizam um eclipse solar anular."
Os requisitos para que ocorra um eclipse solar total são muito
especiais, diz a professora. "A Lua translada em torno da Terra, que, por
sua vez, move-se em torno do Sol. Então, o intervalo de tempo em que a Lua
oculta totalmente o Sol é pequeno. Por isso, a totalidade de um eclipse solar
demora, no máximo, aproximadamente sete minutos e meio, nas melhores condições.
A totalidade máxima do eclipse solar do dia 03 de novembro, por exemplo,
será de apenas um minuto e trinta e nove segundos. O estreito caminho da
totalidade passará pelo norte do Oceano Atlântico e alguns países do continente
africano. Porém, a faixa penumbral da sombra produzida pela Lua alcançará o
Brasil, principalmente o norte e o nordeste na manhã desse dia, e, se as
condições climáticas permitirem, os seus habitantes observarão um eclipse
parcial do Sol."
De acordo com a professora, o limite da visibilidade do eclipse parcial
do Sol alcançará Mato Grosso na região do Norte Araguaia e chegará a Guarantã
do Norte. Porém, Vila Rica, que terá a melhor visualização desse
eclipse em Mato Grosso, poderá observar apenas 1,2 % do disco do Sol
obscurecido, correspondendo a 4,6% do seu diâmetro. O segundo melhor lugar será Santa
Terezinha, onde 4,2 % do diâmetro e 1 % da área do Sol estarão eclipsados.
Em Confresa, 2,3 % do diâmetro e 0,4 % do Sol estarão obscurecidos.
Em Luciara, apenas 0,3% do disco solar estará eclipsado, ou,
2% do seu diâmetro. Em Porto Alegre do Norte0,2 % da área do disco
solar estará eclipsado, ou, 1,6% do seu diâmetro. Em São Félix do
Araguaia 0,9% do diâmetro e 0,1% do disco estarão obscurecidos. Já em São
José do Xingu, apenas 0,3 % do seu diâmetro estará obscurecido, em Guarantã
do Norte, apenas 0,2% do diâmetro do disco solar estarão eclipsados. Para essas
duas últimas cidades, a área do Sol obscurecida será praticamente nula.
Essas informações foram obtidas utilizando o programa para previsão de
eclipses disponibilizado pela Nasa e desenvolvido por Fred Espenak e Chris
O´Byrne. De acordo com esse programa, o eclipse parcial do Sol ocorrerá em
todas as cidades citadas acima.
A Astronomia é uma ciência exata, e um valor para as coordenadas acima
de zero é um valor possível. Esse eclipse solar de 03 de novembro é considerado
híbrido devido aos 15 segundos em que ele é anular.
Em termos práticos, em Mato Grosso apenas em Vila Rica e Santa
Terezinha esse eclipse solar parcial poderá ser observado, assim
mesmo, com alguma dificuldade. Por isso, fornecerei o horário do eclipse solar
apenas para essas cidades. O próximo eclipse solar parcial visível em Mato
Grosso ocorrerá em 26 de fevereiro de 2017, e também será observável em Cuiabá.
As capitais dos estados do Norte como Macapá, Boa Vista, Belém, Manaus,
terão uma boa visualização do fenômeno, mas este será pouco visível em Palmas e
não será observado nem em Porto Velho e nem em Rio Branco. Todo o nordeste do
Brasil será contemplado com a beleza desse evento astronômico.
"É importante ressaltar que a observação do Sol sem equipamento
próprio pode cegar. No mínimo, use máscara para soldagem para observar o
fenômeno, e não observe por mais que 30 segundos. Apesar de belo, observar um
eclipse solar é muito perigoso, alerta a astrônoma. (Ascom UFMT)
Por: Gazeta Digital
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