A partir deste sábado (1º) está proibida a pesca nos rios da bacia
hidrográfica do Araguaia-Tocantins em Mato Grosso. Com o início do período
reprodutivo dos peixes, apenas a atividade de subsistência passa a ser permita.
Já no próximo dia 05 a piracema tem início nos rios da bacia do Paraguai e
Amazonas. O término será no dia 28 de fevereiro de 2015.
Durante os quatro meses de proibição os pescadores profissionais vão
receber um salário mínimo no valor de um salário mínimo.
"Agora temos que respeitar a piracema", diz Lailde dos Santos
Silva, pescadora profissional desde 2008 em Sinop, a 503 km de Cuiabá.
Quem for flagrado desrespeitando a lei pode ser punido e pagar multas de
até R$ 100 mil. Já os comerciantes deverão declarar à Secretaria de Estado do
Meio Ambiente (Sema) seus estoques de peixes em estado normal de temperatura, os
resfriados ou congelados, provenientes de águas continentais, no prazo máximo
de dois dias úteis após o início da piracema. A medida atinge frigoríficos,
peixarias, entrepostos, postos de venda, restaurantes, hotéis e similares.
"Respeitar o período de defeso é garantir que os nossos filhos, os
nossos netos terão acesso a estes peixes", frisa Jackson Medeiros,
analista da Sema em Sinop.
Na última edição do período de defeso foram apreendidas 6,5 toneladas de
pescado irregular em Mato Grosso entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014.
O que é?
A piracema é um processo natural, que ocorre em ciclos anuais e coincide
com a estação das chuvas. Os peixes migratórios se deslocam rumo a cabeceira
dos rios em busca de alimentos e condições adequadas para o desenvolvimento das
larvas e dos ovos.
A reprodução acontece geralmente entre os meses de novembro a fevereiro,
começando com os peixes de escama (pacu, piraputanga, dourado, entre outros) e
terminando com os peixes de couro (pintado, cachara, jiripoca e demais).
Por: Do G1 MT
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