Depois de 42 anos na política, o deputado federal Júlio
Campos (DEM-MT) fez nesta quinta-feira (11) sua despedida do Legislativo e da
vida pública. Aos 68 anos, o democrata não tentou se reeleger nas eleições de
2014 e encerra o mandato dizendo ter “a consciência de dever cumprido ao passar
muitos anos de sua vida em defesa dos interesses de Mato Grosso”.
Em discurso de quase de meia hora no plenário da Câmara
Federal na tarde desta quinta, com sucessivas homenagens de colegas, Júlio
Campos enfatizou projetos e obras que realizou no estado nos cargos que ocupou
ao longo desse período. Foram 12 anos somente na Câmara e oito no Senado
Federal, além do cargo de prefeito de Várzea Grande (1973 a 1977), cidade na
região metropolitana de Cuiabá, governador de Mato Grosso (1983-1986) e
conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), entre 2002 e2007.
“Deixo conscientemente marcas indeléveis nesta minha
passagem de mais de 40 anos na vida pública. Mas devo ressaltar que minha
atuação está necessariamente ligada ao meu empenho e compromisso em todos os
cargos que ocupei na atividade política em busca de combater as injustiças e as
mazelas sociais do país”, garantiu.
Sem críticas ou declarações sobre alguma questão
polêmica, o parlamentar tomou como base em seu discurso a origem política
herdada pelo pai e as “benfeitorias” que, segundo ele, a família Campos
realizou em cada cargo que ocupou. “Eu nasci em uma família tradicional
de políticos, e muito cedo já observava e acompanha meu pai, Júlio Domingos de
Campos, então vereador, e, em 1951, prefeito de Várzea Grande. Era muito comum
me encontrar nas fotos das solenidades políticas. Até parece que eu havia
nascido predestinado para esta missão, pois ainda muito pequeno eu já sonhava
em ser prefeito de e governador”, contou.
Apesar de vários integrantes da família Campos exercer
cargos públicos por mais de meio século, nenhum deles será detentor de mandato
eletivo em 2015. O senador Jayme Campos, irmão de Júlio Campos, também não
disputou à reeleição e vai encerrar o mandato este ano. Jayme iria se
candidatar novamente ao Senado nas eleições de outubro, mas divergências no
partido ao qual é filiado, o DEM, o levaram a desistir de concorrer. Ele chegou
a registrar a candidatura, mas foi substituído por outro candidato.
Kelly MartinsDo G1 MT
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