Mato Grosso foi o segundo estado a adquirir uma “maca-bolha”, Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI) com capacidade de isolamento, trajes especiais e
outros equipamentos de contenção contra o vírus Ebola e outras doenças infecto
contagiosas. Os materiais custaram aproximadamente R$ 450 mil.
De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde (SES), além
de Mato Grosso, apenas São Paulo já possuí os equipamentos de contenção.
Além da maca-bolha a SES adquiriu luvas, trajes e também instalou um
leito de isolamento no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande. O leito custou
aproximadamente R$ 101 mil. Todo o material saiu por R$ 456 mil.
A maca-bolha isola a vítima dentro de uma redoma de plástico. Ela tem um
filtro de ar e entradas para administração de soro, medidor de batimentos
cardíacos e entre outros equipamentos. Ou seja, ela é preparada para isolar o
paciente dos profissionais da saúde enquanto eles realizam o tratamento
imediato.
A maca pode ser utilizada em dois casos quando o paciente precisar ser
isolado dos profissionais da saúde, como quando há suspeitas de doenças infecto
contagiosas de alto risco (como ebola, febre do Nilo e meningite) ou quando o
paciente precisa ser isolado do ambiente externo por conta do risco da própria
saúde.
Na tarde desta segunda-feira (15), os profissionais da SES, Corpo de
Bombeiros, Defesa Civil e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)
participaram de um treinamento no Hospital Metropolitano, referência no
tratamento de Ebola no Estado. Hoje, a equipe participará de uma nova simulação
no aeroporto Marechal Rondon para calcular o tempo de atendimento e aprender o
procedimento padrão.
Conforme o superintendente de vigilância em Saúde de Mato Grosso,
Juliano Silva Melo, a aquisição faz parte do cronograma nacional do Plano de
Contingência de doenças infecto contagiosas de alto risco.
Segundo Melo, como Ebola é uma doença controlada no país, o plano de
contingência se baseia, principalmente, no transporte dos pacientes suspeitos
para os centros especializados de tratamento. “Como o nosso cenário é
específico, não exige um número maior de macas ou leitos de isolamento”.
Conforme Melo, toda a suspeita de Ebola ou doenças similares deve ser
imediatamente comunicada a SES. “Independentemente da cidade, o protocolo determina
que nós enviemos a maca-bolha e uma equipe especializada para buscar este
paciente e trazê-lo imediatamente ao Metropolitano. Se o paciente estiver em
alguma cidade longe da Capital, nós devemos enviar uma equipe através de um
taxi aéreo.”
De acordo com o superintendente, de acordo com o protocolo nacional de
contenção, os pacientes com suspeita de Ebola não devem ficar no Estado por
mais de seis horas. “O paciente é trazido para o Metropolitano e em seguida
enviado para o instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas no Rio de
Janeiro (RJ), ligado à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz)”.
De acordo com a SES, existe uma exceção quando o paciente não tiver
condição de saúde para encarar a viagem para o Rio de Janeiro. Nesses casos,
ele deve ser mantido no leito de isolamento do Metropolitano e uma equipe do
Ministério da Saúde será deslocada até o local para avaliar o caso.
Por:
Diário de Cuiabá
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