Pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada nesta terça-feira (13) apontou
que quase metade dos brasileiros (48%) não possui simpatia por nenhum partido
político. Entre as siglas preferidas, o PT foi a mais citada pelos
entrevistados.
Segundo o levantamento, 19% dos brasileiros disseram ter "simpatia
ou preferência" pelo PT. Em seguida, aparecem o MDB (7%), PSDB (6%) e PSOL
(2%).
DEM, PCdoB, PDT, PR, PPS, PSB, PSC, PSD, PTB, PV e Novo alcançaram 1%
das citações cada um.
As outras legendas, nem isso. Somadas, foram lembradas por 3% dos
entrevistados. Outros 5% não souberam ou não responderam.
Intitulado "Retratos da Sociedade Brasileira - Perspectivas para as
eleições de 2018", o levantamento contratado pela CNI (Confederação
Nacional da Indústria) ouviu 2.000 pessoas entre 7 e 10 de dezembro do ano
passado, em 127 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para
mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral
com o número BR-03599/2018.
Segundo a CNI, os jovens se mostram mais propensos a declarar
preferência partidária do que os mais velhos.
"Entre os que possuem 55 anos ou mais, 59% declaram não ter
preferência ou simpatia por nenhum partido, percentual que chega a 40% entre os
que têm de 16 a 24 anos", afirma a pesquisa.
A sigla do postulante à Presidência da República se mostrou pouco
relevante no levantamento. Sete em cada dez pessoas (72%) disseram concordar
com a afirmação "Eu voto no candidato que gosto, independentemente do
partido em que ele esteja". Outros 26% discordaram.
Por outro lado, o partido do candidato ao Palácio do Planalto foi
considerado importante por 64% dos entrevistados --contra 32% que não
concordaram.
Partidos têm pouca força, diz CNI
Para o gerente executivo Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da
Fonseca, a pesquisa deixou "clara a pouca força do partido em si".
"O PT sempre teve um contingente mais forte de seguidores, mas de
novo você está com uma eleição em que a escolha é muito pessoal",
declarou.
Segundo Fonseca, essa foi a primeira pesquisa realizada pela entidade
para tentar "conhecer o eleitor".
"Está muito cedo ainda, os candidatos ainda não estão muito
definidos, e a gente preferiu ver o que o eleitor quer", declarou,
acrescentando que o levantamento pode ajudar a elaborar um mapa estratégico a
ser entregue aos presidenciáveis pela CNI.
FONTE: UOL/Gustavo Maia
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