Mato
Grosso tem 25 mil quilômetros de estradas estaduais, mas apenas cinco mil são
asfaltados. Onze mil quilômetros precisam de reparos urgentes.
As pontes
de madeira também preocupam. Entre Confresa e Santa Cruz do Xingu, na MT- 430,
várias ameaçam cair e outras ainda passam por reformas temporárias para
aguentar mais alguns meses.
“O Brasil
tem um coração grande, mas não tem artérias. Ele vai infartar. Não temos mais
por onde passar”, diz o caminhoneiro Cleverson Pinho, que levou cerca de cinco
horas para percorrer pouco mais de 100 quilômetros.
O trecho
fica na BR-080, no município de São Félix do Araguaia, nordeste de Mato Grosso.
A estrada passa por uma das áreas de grande expansão agrícola.
Há 12
anos, a conservação e construção de rodovias em Mato Grosso dependem de
recursos do Fethab, um fundo estadual criado para investimentos em
infraestrutura de transporte e para a habitação. A produção agropecuária
contribui com mais ou menos um terço (33%) do que esse fundo arrecada todos os
anos.
Nos
últimos três anos, o governo diminuiu o repasse desse fundo para as obras em
estradas. Nesse período, 30% da arrecadação do Fethab passou para as
construções urbanas ligadas à Copa do Mundo, que também vai ser realizada em
Cuiabá.
Segundo o
governo do estado, a situação deve começar a mudar a partir do ano que vem. O
BNDES vai investir cerca de R$ 2,5 bilhões nas estradas de Mato Grosso nos
próximos três anos.
A
Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, a Famato, fez um pedido ao
governo estadual para fazer parte do conselho que dirige o Fethab, o Fundo
Estadual para Investimento em Estradas.
Do Globo
Rural
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