As rádios
AMs do Brasil para por fim ao ruído e interferência de eletrodomésticos na
recepção do sinal delas vão migrar para uma nova faixa de FM que será criada em
breve. A novidade foi anunciada pelo consultor e ex-presidente da Associação
das Emissoras de Rádio e Televisão de São Paulo (AESP), Oscar Piconez.
Ele
esteve neste final de semana em Cuiabá participando do segundo ‘Seminário
Mato-grossense de Rádio’ ministrando uma palestra sobre a ‘A publicidade no
rádio‘. Segundo Piconez, as emissoras chegaram à conclusão que mesmo com a
digitalização o sinal da AM dificilmente vai melhorar em função da
interferência dos eletrodomésticos dentro de casa. “Quando a pessoa liga uma
batedeira de bolo, secador de cabelo ou qualquer eletrodoméstico interfere no
som da AM, enquanto no FM isso não ocorre”, completou.
O
ex-presidente da AESP informou no seminário que o governa brasileiro aceitou a
proposta de migração para essa nova faixa FM e praticamente suspendendo o
processo de digitalização das AMs que seria um processo caro e sem a mesma
garantia de qualidade no som. A migração das AMs seria para uma faixa de
Freqüência Modulada (FM) de 70 a 87 MHz que ocuparia o espaço dos canais 5 e 6
das TVs que já receberam orientação para desocuparem esses canais pelo país
afora. Hoje, as FMs usam a faixa de 88 a 104 MHz.
Piconez
entende que a migração do AM para o FM vai equilibrar o jogo das emissoras de
rádio na luta por verba publicitária. As AMs enfrentam dificuldade, segundo o
publicitário, no interior devido a qualidade da FM e não pela programação.
Durante o seminário promovido pelo Escritório do Rádio, no auditório da OAB,
profissionais da MT queixaram-se das dificuldades que rádio enfrenta
principalmente o AM em Cuiabá.
O evento
contou com a presença de profissionais de São Paulo que explanaram sobre o
rádio brasileiro. Entre eles, o humorista Beto Hora, jornalistas Lombardi
Júnior, Anderson Cheni, José Calil e a escritora e professora da Cásper
Líbero-SP, Magaly Prado.
De Barra
do Garças -
Ronaldo Couto
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