A
decisão judicial expedida por um magistrado do Piauí ainda vai repercutir muito
no Brasil inteiro. Na tarde de hoje (25), o colunista Felipe Patury, do site da
Época, publicou a informação de que o juiz Luiz Moura Correia, da Central de
Inquéritos da Comarca de Teresina, determinou que o Whatsapp seja retirado do
ar em todo o país. O processo judicial que deu origem à ordem de suspensão
foi originado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, desde 2013, e
envolve conteúdo com menores de idade.

O
PortalODIA entrou em contato com o juiz Luiz Moura. Segundo ele, era preciso
quebrar o sigilo do aplicativo para elucidar crimes que considera bárbaros.
"Nós entramos em contato com o WhatsApp e eles alegam que devem cumprir a
legislação americana, mas se atuam aqui, devem respeitar as decisões
locais", defendeu o juiz.
O
processo corre em segredo de Justiça. A decisão foi tomada pelo juiz no dia 11
de fevereiro, mas as empresas foram comunicadas da decisão em 19 de fevereiro
por meio de um ofício do delegado Éverton Ferreira de Almeida Férrer, do Núcleo
de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí.
O
prazo para que o WhatsApp fornecesse as informações solicitadas pela DPCA seria
de 24 horas após o recebimento da última ordem judicial, sob pena de ter que
suspender o serviço. No entanto, até agora, nada foi obedecido e mesmo
assim o aplicativo continua funcionando normalmente. A delegada Kátia
Esteves não informou quantas decisões foram descumpridas, mas disse que as
providências estão sendo tomadas e que o WhatsApp pode sair do ar a qualquer
momento.
O
juiz Luiz Moura afirmou que recebeu hoje, em seu gabinete, os advogados de
algumas instituições. "Eles disseram que estão agilizando o cumprimento
das diligências. Nesse caso, não haveria suspensão do WhatsApp", garantiu
o juiz.
O
período em que o processo judicial teve início coincide com o ano em que fotos
íntimas de estudantes de escolas particulares de Teresina, com idade entre 14 e
16 anos, vazaram. As imagens foram publicadas em um grupo no WhatsApp, além de
outras redes sociais. À época, estimava-se que cerca de 20 garotas tiveram suas
fotos eróticas e pornográficas divulgadas. Alguns pais das vítimas jovens
acionaram a polícia para investigar quem teria sido o responsável pelo
compartilhamento das imagens.
Por:
Nayara Felizardo, com informações da Época
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