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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Famílias mais pobres compram mais arroz e feijão do que média brasileira

Embora tenham perdido participação no prato dos brasileiros de uma forma geral, o arroz e o feijão são mais consumidos por famílias com rendimentos menores. Enquanto nos domicílios em que a renda supera R$ 6.225, a média de aquisição do arroz por pessoa foi de 18,5 quilos por ano, entre as famílias que ganhavam até R$ 830, ela chegou a 27,6 quilos, ou seja, 33% a mais. No caso do feijão, as famílias com rendimento médio anual mais baixo compraram 10,3 quilos por pessoa em um ano, 29% a mais do que aquelas com renda superior, que adquiriram 7,3 quilos no mesmo período.
Esses alimentos foram os únicos, entre os selecionados, que apresentaram nas faixas mais baixas de rendimento médias de aquisição maiores do que as relativas ao total do Brasil (26,4 quilos para o arroz e 9,1 quilos para o feijão), conforme aponta o suplemento Aquisição Domiciliar per Capita, da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009. O levantamento, divulgado hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), avalia as quantidades de alimentos adquiridas pelas famílias brasileiras para consumo domiciliar e as formas dessa aquisição.
Para o auxiliar de serviços gerais José Gomes, mesmo quando não dá para garantir uma alimentação muito variada em casa, a dupla arroz e feijão não pode faltar no prato da família, principalmente por causa dos filhos.
“Lá em casa, arroz e feijão não faltam. Graças a Deus meus filhos sempre tiveram para comer. Pode faltar outra coisa, não ter aquela variedade toda, mas o arroz e o feijão dão saúde”, afirmou.
O estudo revela, por outro lado, que alguns produtos têm diferenças muito significativas entre as classes, sendo as de rendimento maior responsáveis por grande parte da aquisição. É o caso das bebidas alcoólicas, cuja compra por famílias com renda acima de R$ 6.225 supera em 799% a aquisição de famílias que ganham até R$ 830. O mesmo ocorre com alimentos preparados e misturas industriais (514%), bebidas não alcoólicas (401%), iogurte (379%), frutas (316%), leite de vaca pasteurizado (246%) e hortaliças (187%).
Autor:Redação site TVCA com agência Brasil

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