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domingo, 27 de novembro de 2011

Leandro fala sobre a divisão de Mato Grosso na Câmara da Barra do Garças


O jornalista e presidente da comissão “Dividir para Crescer”, Leandro Nascimento a convite do vereador Miguelão (PSD) esteve na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Barra do Garças para falar sobre a divisão do Estado. 
O presidente da casa o vereador Julio Cezar (PSDB) convidou Nascimento para fazer parte da mesa durante a sessão e concedeu espaço para o mesmo fazer uma ampla explanação sobre o assunto. 

Segundo Nascimento na Tribuna os Estados mais desenvolvidos do Brasil, são Estados pequenos como São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, o pequeno estado do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Estado grande como o Amazonas, só tem mais desenvolvimento em Manaus e um pouco em seus arredores, o restante é uma economia extrativista e primitiva. O Pará que possui tamanho de uns três Tocantins deixa muito a desejar no seu interior, devido as suas distâncias faraônicas. 

Para ele o Mato Grosso não consegue atender toda a sua extensão territorial, com segurança, estradas, saúde, desenvolvimento; por que tem distâncias internas por rodovias de mil a 1.700 quilômetros da capital. Fica inviável e não é necessário ter um MBA para ter esta visão. Do ponto de vista gerencial, não tem alternativa, quanto menor a unidade mais bem administrada ela será. Mesmo com menos recursos, pois os problemas serão mais visíveis. O problema é que o brasileiro paga uma alta carga tributária e não tem retorno, aí é explorado mais uma vez com PPP - Parcerias Públicas Privadas. A galinha de ovos de ouro está no limite. 

Ele afirmou ainda que por uma ótica primária a divisão de um Estado pode parecer a princípio mais gastos, mais vagas para políticos, mais custos de implantação e oportunismo. Em tese sim, mas na prática o custo do não atendimento, da oferta de serviço que nunca chega para quem está nos extremos, fica mais caro do que a implantação de uma unidade nova, até por que já vai aproveitar as receitas existentes e produzidas na região, dividir um pouco do bolo central. 

Nascimento foi categórico em dizer que do ponto de vista político, nunca é bom dividir o bolo, isso tão comum no Brasil que a União fica com 70% dos impostos e os restantes 30% para os Estados e Municípios. Só agora com a lei geral da micro-empresa que os municípios de 6% vão passar receber 14% e o Estados que ficavam com 24% vão ter uma queda de 8% ficando com 16%. É claro que os governadores não vão querer perder mais receitas do que se tem perdido com o passar do tempo, com rolagem do endividamento, redivisão das receitas pela união, falta de recursos para investir. 

Usando o mesmo discurso do economista Renato Gorski ele citou que por mais que uma prefeitura como a de Cuiabá se esforce, é comum encontrar buracos na malha dos bairros, enfim os problemas viários da capital não são resolvidos, como serão os das cidades e rodovias do interior? O tempo das capitanias heriditárias, das sesmarias já passou, é necessário dividir os Estados, que tenha melhor gerenciamento e que os cargos políticos sejam preenchidos mais por altruísmo, por patriotismo do que por mera aspiração financeira e de poder. Finaliza perguntando por que dividir? A resposta já pode ter chegado a sua mente, mas é questão de sobrevivência e mais dignidade para o povo brasileiro. 

Polêmica 

Nascimento não deixou por menos e na Tribuna da Câmara de Barra do Garças voltou a dizer que o Araguaia está vivendo momentos de ditadura ao citar que foi dispensado da assessoria da Câmara de Porto Alegre do Norte. Ele afirma que queria ver o deputado que fez o pedido de demissão subir no mesmo palanque ou sentar na mesma mesa para debater a divisão do Estado e não ficar procurando brechas para fazer polêmicas e tentar minimizar o trabalho que vem sendo feito no Araguaia. 

BBnews com Assessoria 



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