De janeiro a dezembro de 2012 a
Central de Atendimento à Mulher registrou aproximadamente seis mil denúncias do
estado do Mato Grosso, estado no qual, em 2010, a taxa de homicídios femininos
foi de 5,4 para cada 100 mil mulheres, representando a 11° maior taxa do
Brasil.
Para debater a violência doméstica no
estado, deputados de Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos
Deputados (CSSF), vão estar em São Félix do Araguaia nesta quinta-feira
(12), para encontros com a sociedade civil. Para aprofundar a discussão
sobre a violência doméstica no Brasil, a CSSF criou este ano uma Subcomissão
Especial, presidida pela deputada Nilda Gondim (PMDB-PB).
Em São Félix do Araguaia, o encontro
da comitiva de deputados federais com movimentos sociais, gestores,
conselheiros de direitos, pesquisadores e estudantes, acontece às 14h no
Anfiteatro do Centro Comunitário Tia Irene. A Subcomissão Especial para
combater a violência contra a mulher já esteve em Teresina (PI), Palmas (TO) e
Macapá (AP).
Participam da comitiva os deputados
federais Dr. Rosinha (PT-PR), presidente da CSSF, Nilda Gondim (PMDB-PB),
Rosane Ferreira (PV-PR) e Dr. Paulo César (PSD-RJ).
A violência contra e mulher no Brasil
O Brasil tem a 7° maior taxa de
homicídios de mulheres do mundo, dentre os 84 países com dados homogêneos entre
2006 e 2010, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com
o Mapa da Violência 2012 sobre o Homicídio de Mulheres no Brasil,
entre 2000 e 2010 foram assassinadas 43.654 mulheres. Entre 1980 e 2010 a taxa
de homicídios femininos, para cada 100 mil mulheres, subiu assustadores 230 por
cento.
Outros dados atualizados do Mapa
da Violência 2012 apontam que é principalmente no ambiente doméstico que
ocorrem as situações de violência contra a mulher. A taxa de ocorrência no
ambiente doméstico é de 71,8 por cento dos casos, enquanto em vias públicas é de
15,6 por cento.
A violência física contra a mulher é
predominante (44,2%), seguida da psicológica (20,8%) e da sexual (12,2%). No
caso das vítimas que têm entre 20 e 50 anos de idade, o parceiro é o principal
agente da violência física. Já nos casos em que as vítimas têm até nove anos de
idade e a partir dos 60 anos, os pais e filhos são, respectivamente, os
principais agressores, de acordo com dados do Mapa da Violência.
No ano seguinte à promulgação da lei
Maria da Penha – em setembro de 2006 – tanto o número quanto as taxas de
homicídio de mulheres apresentaram uma visível queda, já a partir de 2008 a
espiral de violência retoma os patamares anteriores, indicando claramente que
nossas políticas ainda são insuficientes para reverter a situação.
Sugestão de entrevista: Deputado
federal Dr. Rosinha (PT-PR), presidente da Comissão de Seguridade Social e
Família da Câmara dos Deputados
Contatos em São Felix do Araguaia,
vão estar acompanhando a comitiva:
Marina Lacerda 61-8117-8621
Rubens Carneiro 61- 9922- 8282
Contato em Brasília, assessoria CSSF:
Pedro Calvi 61-3216-6787
Por:
O Repórter do Araguai
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