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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Com censo 2010 doze cidades de Mato Grosso terá redução no repasse do FPM

A arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de 12 das 141 cidades de Mato Grosso, o equivalente a 8,5% do total, vai diminuir a partir de 2011. Isso porque todas elas sofreram redução populacional nos últimos 10 anos. Os repasses são medidos pela oscilação do número de habitantes em cada município.

A redução foi confirmada no Censo realizado neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que divulgou , de forma preliminar, a quantidade de habitantes em todos os municípios brasileiros. Na análise do IBGE houve decréscimo populacional nos municípios cuja fonte econômica advém da pecuária e das indústrias madeireira e canavieira.

As cidade são:
• Alta Floresta,
• Barra do Bugres,
• Chapada dos Guimarães,
• Colíder,
• Colniza,
• Denise,
• Guiratinga,
• Marcelândia,
• Peixoto de Azevedo,
• São José do Rio Claro,
• Tabaporã e
• Terra Nova do Norte.

Dez cidades tiveram aumento populacional
Já em situação mais confortável estão outros 10 municípios, ou 7,09% do total, que tiveram registro de aumento da população. Maior parte deles integra a fronteira agrícola de Mato Grosso. São eles:
• Campo Verde,
• Lucas do Rio Verde,
• Nova Mutum,
• Primavera do Leste,
• Sapezal,
• Sorriso,
• Vera,
• Porto Esperidião,
• Porto Alegre do Norte,
• Juruena e
• Confresa.

Lucas do Rio verde é destaque

Lucas do Rio Verde, por exemplo, está no topo dos que mais cresceram, com incremento populacional de pouco mais de 12 mil habitantes do ano passado para cá. Prefeitos dos municípios que sofreram redução ou aumento populacional têm até o dia 21 para questionar os resultados apontados pelo IBGE.

REVISÃO - O Instituto já se adiantou que vai revisar a contagem populacional, por determinação da Diretoria de Pesquisa do órgão, nos municípios de Colniza, Sinop, Terra Nova do Norte e na capital do Estado. Já as cidades de Alta Floresta, Denise, Nova Olímpia, Nova Bandeirantes, São Félix do Araguaia, São José do Rio Claro, Guiratinga, Chapada dos Guimarães, Colíder, Marcelândia e Tabaporã aguardam autorização para passar pelo mesmo processo.

Na região Centro-Oeste, Mato Grosso é o estado com a maior quantidade de processos de revisão (15), seguido por Goiás (6), Mato Grosso do Sul (2) e Distrito Federal (1). Em todo país, haverá revisão em 376 cidades.

Segundo o chefe do IBGE em Mato Grosso, Deovaldo Benedito Souza, a revisão será necessária para dar mais lisura ao Censo 2010. “Os municípios revisados serão aqueles que perderam FPM e com grande quantidade de domicílios vagos. Vamos verificar também o trabalho dos recenseadores”, revela Souza. O Censo 2010 mostrou que Mato Grosso conta com a segunda maior população da região Centro-Oeste, com 2.954.625, mas esta marca, após as revisões e a imputação dos domicílios fechados (21.764 mil), pode saltar para 3.026.446 habitantes. Quem não foi recenseado pode entrar em contato com o IBGE até o dia 21 deste mês para solicitar visita pelo telefone 0800-721-8181.

ANÁLISE - O IBGE analisa que o crescimento populacional de Mato Grosso se deu de forma natural, ou seja, pela diferença entre nascimentos e mortes. O fenômeno é conhecido na demografia como vegetativo. No passado, o Estado inflou em questão de décadas por um intenso processo migratório que trouxe para cá pessoas oriundas da região sul do país. Os municípios mato-grossenses que mais cresceram são aqueles que estão agregando valor à produção antes de exportá-la. O processo exige instalação de indústrias, o que demanda elevada quantidade de mão-de-obra.

Fonte: Diário de Cuiabá

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