Água Boa - Técnicos do Indea voltaram a localizar incidência da soja guaxá em propriedades rurais na região de Água Boa, no Leste de Mato Grosso. A área é a mesma em que foi plantada soja no último ciclo. As sementes brotaram depois da colheita recente. Segundo o agrônomo do Indea, Albino Pfeiffer Neto, o produtor que não eliminou a soja guaxa vai ser autuado.
Os técnicos estão fiscalizando as lavouras com o objetivo é verificar se os plantadores eliminaram as sojas guaxas. Está em vigor no estado, o chamado vazio sanitário para a soja, com o objetivo de quebrar o ciclo da ferrugem asiática que ataca essa planta.
Somente na última safra em Mato Grosso - estado que mais produz oleaginosa no Brasil - a ferrugem reduziu os ganhos no campo em produção e produtividade. O ciclo anteriormente projetado em 22 milhões de toneladas na safra 2011/12 encerrou em 21,3 milhões de toneladas, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja). Baixa especialmente vinculada à doença.
Segundo o agrônomo do Indea, Albino Pfeiffer Neto, o produtor será multado em 20 UPF’s, cerca de R$ 1.150,00, mais duas UPF’s por hectare, outros R$ 112,00 por hectare. As áreas afetadas serão medidas pelos técnicos do Indea, e cada produtor será responsabilizado.
Em 2011, 2.813 propriedades foram fiscalizadas durante o intervalo. Ao todo, 331 foram notificadas pela existência das plantas involuntárias e outras 40 multadas pela não eliminação.
Os riscos associados à soja guaxa devem-se ao fato de as plantas hospedarem o fungo Phakopsora pachyrhizi. A soja é atualmente o principal item comercial do agronegócio matogrossense. Em 2011/12 pelo menos 88 focos da doença foram contabilizados por meio do Consórcio Antiferrugem da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Em Mato Grosso até o vazio sanitário segue até 15 de setembro. Mesmo período também para Rondônia, Mato Grosso do Sul e Paraná, segundo a Embrapa.
Por: Inácio Roberto / Interativa
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