O Ministério Público Federal (MPF) deve emitir nesta segunda-feira (30) o parecer sobre o plano de desocupação elaborado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para a retirada de ocupantes não-índios da Terra Indígena Marãiwatsédé, entre os municípios Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia, respectivamente a 1.064 km, 983 km e 1.159 km de Cuiabá.
O território com 165.241 hectares foi reconhecido pela Justiça como área Xavante e a saída determinada. No entanto, produtores que residem na localidade tentam recorrer da decisão, alegando ter havido equívocos no processo de demarcação. Após posicionar-se acerca da estratégia de desocupação, o plano retorna para a Justiça Federal.
Na última segunda-feira (20), a Justiça Federal recebeu da Funai o documento. Embora os prazos não tenham sido confirmados, há uma expectativa que a retirada das famílias possa ocorrer em até 30 dias, sendo acompanhada por agentes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Nacional.
Produtores e famílias que residem na região já realizaram atos cobrando soluções ao dilema. Na madrugada do dia 24 de junho, cerca de 1.500 pessoas, entre produtores rurais, moradores e índios da etnia Xavante fizeram o bloqueio total da BR-158 na região do distrito de Estrela do Araguaia. O manifesto durou seis dias.
A interdição interrompeu o tráfego de todos os tipos de veículos na rodovia prejudicando a interligação com o Pará e o abastecimento das cidades próximas à região. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os manifestantes chegaram a atear fogo em uma ponte e também bloquearam o acesso a estradas vicinais.
Do G1 MT
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