Apesar do
desvio provisório construído por motoristas para possibilitar a passagem de
carretas e outros veículos na BR-158, na região da comunidade de Posto da Mata,
poucos ainda conseguem seguir viagem. Quem tenta atravessar a passagem
construída de forma precária sobre um córrego não avança. Veículos de grande
porte, como carretas e caminhões, ficam presos à estrutura de madeira e
precisam ser rebocados, o que tem causado lentidão e congestionamento.
Desde a
manhã deste sábado (15) o trânsito ficou comprometido depois que uma carreta
tombou sobre a ponte de madeira. Os pilares de sustensação foram serrados, além
de uma das cabeceiras ser incendiada. A suspeita é de sabotagem, mas os
responsáveis ainda não foram identificados.
saiba
mais
Desde o
início da desocupação do território Xavante, na segunda-feira (10), uma série
de protestos foi desencadeada. O primeiro dia da operação resultou em conflito
entre moradores e agentes da Força Nacional de Segurança. De acordo com a
Fundação Nacional do Índio (Funai), cerca de 20 mil hectares de terra foram
oficialmente retomados neste intervalo. A desocupação atingiu também 13 grandes
fazendas.
O
processo de desocupação foi dividido em quatro fases. A primeira atingirá as
grandes propriedades rurais, passando posteriormente para as de tamanho médio,
pequenas e por último o Distrito de Posto da Mata, em Alto Boa Vista, a 1.064 km de Cuiabá.
Violência
Na sexta-feira (15), o governo federal afirmou, por meio de nota, que atos de violência com o intuito de barrar a desocupação de área não serão "tolerados".
Na sexta-feira (15), o governo federal afirmou, por meio de nota, que atos de violência com o intuito de barrar a desocupação de área não serão "tolerados".
"O
governo federal está cumprindo a decisão judicial com firmeza e serenidade.
Ações violentas e ilegais não serão toleradas e as medidas adequadas já estão
sendo tomadas", disse o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência
da República, Gilberto Carvalho.
A área
total é de 165.241 hectares e foi reconhecida como de propriedade da comunidade
xavante, que segundo a Funai, hoje habita uma área correspondente a cerca de
10% do território a que têm direito.
Do
G1 MT
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