O deputado federal Wellington Fagundes (PR/MT)
entregou na tarde desta sexta-feira (30), ao presidente do Supremo Tribunal
Federal, ministro Joaquim Barbosa, o relatório produzido pela Comissão Externa
da Câmara dos Deputados sobre a atual situação de conflito na gleba Suiá Missú,
localizada na região do Araguaia, em Mato Grosso.
Coordenada por Fagundes, a Comissão esteve no
distrito também conhecido como Posto da Mata, na semana passada, para colher
informações sobre a realidade na região. Os dados foram compilados no documento
que será distribuído a outras autoridades do Executivo e Judiciário. “A
intenção é que esse material produzido sobre a ótica de parlamentares de
diversos Estados possa auxiliar o ministro no entendimento do caso”, afirmou
Fagundes.
Elaborado com base nos dados oferecidos por
lideranças comunitárias e indígenas, o relatório salienta a necessidade de uma
análise minuciosa na área, devido ao risco iminente de conflito armado na
região e às peculiaridades registradas durante a visita. As famílias já foram
notificadas e podem ser retiradas do local na próxima semana.
No documento as autoridades também apresentam
preocupação quanto a não indenização dos produtores rurais caso tenham que sair
das terras. “Cerca de 1.500 famílias vivem e trabalham em Suiá Missú, a
desocupação da área sem indenização dos proprietários coloca em risco a
segurança econômica de milhares de pessoas”, explicou o republicano.
O material traz ainda relato de índios afirmando
que o local onde está localizado a Gleba Suiá Missú não é território sagrado e
que não lutam pela posse dela.
Lideranças indígenas afirmaram que preferem as
terras oferecidas pelo governo do estado. O governador Silval Barbosa
disponibilizou área de 250 mil hectares para os 300 índios de vivem no
distrito. O local é cortado pelos rios Araguaia, Cristalino e das Mortes, além
de contar com 190 lagos totalmente preservados.
Também participaram da reunião o governador Silval
Barbosa, o senador Cidinho Santos e o deputado estadual Baiano Filho.
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