Dos estados da região Centro-Oeste,
Mato Grosso tem o menor percentual de estradas estaduais asfaltadas, conforme
informações fornecidas pelos governos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Goiás. Somente 18% dos 30 mil quilômetros de rodovias são pavimentadas, o que
prejudica o escoamento da safra de grãos. No entanto, é também o estado que
possui a maior malha viária estadual.
Mato Grosso do Sul, conta com 14,7
mil km de malha viária e 22% desse total é asfaltado, enquanto Goiás, 51% dos
20 mil km da malha viária são asfaltados.
No estado, o programa MT Integrado
prevê a pavimentação dos 63 trechos mais movimentados, entre eles, a MT-170, a
MT-040 e a MT-100, na região do Araguaia. “Nós já temos, por exemplo, a MT-100,
que já tem a ordem de início de serviço, que foi emitida e as empresas estão em
mobilização”, afirmou o superintendente de Obras da Secretaria Estadual de
Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), Tércio Lacerda de Almeida.
Quarenta e quatro municípios de Mato
Grosso, que hoje não têm ligação com nenhuma rodovia pavimentada fazem parte do
projeto, cujo investimento previsto é de R$ 1,5 bilhão, por meio do Banco Nacional
de Desenvolvimento Social (BNDES).
Um dos pontos que mais sofre com a
falta de infraestrutura nas estradas é o setor de escoamento da safra do
estado, principalmente no período de chuva quando surgem os atoleiros. Entre as
principais reclamações dos caminhoneiros está a frequente manutenção dos
caminhões. “Demora mais tempo para concluir a viagem por causa da oficina,
mecânica”, reclamou o diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas
de Mato Grosso, Claudio Rigatti.
No início deste mês, o governo do
estado ainda anunciou a realocação de R$ 17,8 milhões, previstos no orçamento
da Secretaria de Estado de Transportes e Pavimentação Urbana (Setpu) para
restauração de rodovias pavimentadas em várias regiões do estado, para obras da
Copa de 2014, no estado. Os recursos que deveriam ser destinados às estradas
foram transferidos para a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), por meio
da anulação de outras dotações orçamentárias, no caso, da Setpu.
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