O
governador Silval Barbosa (PMDB) alegou nesta
quinta-feira (19) que o estado trabalha “dentro do limite dos limites” para
elaborar uma proposta de aumento aos professores da rede pública, em greve
desde o dia 12 de agosto. Ele argumentou que a economia não permite os
reajustes cobrados pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato
Grosso (Sintep-MT) porque, caso o governo os concedesse, correria o risco de
voltar a atrasar o pagamento da categoria.
“Estamos
indo no limite. Dentro do limite dos limites. Eu sou um governo passageiro. Ano
que vem eu deixo o governo, mas a categoria fica, o estado fica. Eu estou
pensando no estado e na própria categoria. Não queremos em hipótese alguma nem
imaginar de voltar àquele tempo de salários atrasados”, enfatizou o governador
à imprensa no aeroporto municipal de Rondonópolis, a 212 km de Cuiabá, enquanto
esperava a chegada da presidente Dilma Rousseff (PT), que viajou até o
município para inaugurar o Complexo Intermodal.
“A
economia globalizada não deu nem um sinal de reação, de um aumento de
crescimento na ordem que estão pensando. Então, nós temos que trabalhar com
essa realidade e planejar o estado dentro da realidade de crescimento. Mato
Grosso é um estado atípico na federação, que tem crescido acima da média
nacional, mas nós temos que ficar atentos à realidade. Qualquer probleminha que
nós tivermos pode afetar, principalmente salário”, defendeu, lembrando que tem
conclamado os profissionais a retornarem a seus postos de trabalho para não
prejudicar os mais de 400 mil estudantes sem aula. Por conta da paralisação, o
ano letivo corrente deverá ser concluído em janeiro de 2014.
saiba
mais
Na última
quarta-feira (18) o governo enviou sua proposta aos profissionais da educação,
que devem agora decidir em assembleia nesta sexta-feira (20) se acatam ou não o
reajuste oferecido. O presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes, avisou que o
reajuste oferecido deverá ser estudado para que a categoria verifique se, de
fato, contempla a reivindicação.
Os
trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 10%, além de mais investimentos
para a educação, posse dos aprovados no concurso público de 2010 em Mato Grosso
e inclusão da hora-atividade para os professores contratados.
“Nós
estamos fazendo um sacrifício enorme na gestão, dia a dia olhando números,
olhando o crescimento para que o estado não venha a inviabilizar nenhuma área”,
comentou Silval sobre a proposta.
Renê Dióz Do G1 MT
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