A população indígena de Santa Terezinha, cidade localizada no
extremo Norte Araguaia em Mato Grosso, viveu na ultima semana um dos mais
importantes eventos da cultura karajá.
Os índios da aldeia Itxalá que fica localizada a 38 quilômetros da sede
do município e da aldeia Macaúba que fica a cerca de 15 quilômetros do centro
da cidade, comemoraram a Festa do Aruanã.
O evento é a mais tradicional festa dos índios karajás e tem por
objetivo comemorar o ciclo de vida dos índios, as comemorações contaram com
varias competições como luta entre aldeias, natação, arco e flecha, futebol e
apresentações culturais.
A festa é muito especial, pois reúne todas as aldeias karajás da região,
eles se pintam, dançam, e cantam musicas que mostram verdadeiramente suas
raízes e origem.
A assessoria do município de Santa Terezinha informou ao Jornal da
Noticia, que um dos pontos altos da festa foi o Casamento Tradicional Karajá, a
atração cultural que há muito tempo não estava sendo realizada pelos indígenas,
e que voltou a ser celebrada.
Não índios, autoridades e turistas que foram prestigiar o evento ficaram
encantados com a oportunidade de vivenciar um casamento em uma Cultura
totalmente diferente.
O Prefeito Cristiano Gomes (PT) e a 1ª Dama, Janete Soares, marcaram
presença na festa, Cristiano disse que o evento é de suma importância para o
fortalecimento cultural dos indígenas e também para o turismo, pois mostra a
verdadeira cultura karajá.
Os karajás dividem-se em trezentos subgrupos que também correspondem aos
três dialetos por eles falados: os carajás propriamente ditos, os javaés e os
xambioás (por vezes, referidos como karajás-do-norte). Eles se autodenominam
inã, que é um termo comum aos três subgrupos.
Algumas classificações consideram os javaés como um grupo bastante
distinto, embora eles partilhem a mesma cultura e a mesma vida ritual dos
karajás e xambioás, apenas se distinguindo por alguns detalhes.
Habitam, tradicionalmente, as margens do Rio Araguaia, a partir da
cidade de Aruanã, no estado de Goiás; a Ilha do Bananal, onde se concentra o
maior número de aldeias, até as aldeias xambioás, já no estado de Tocantins,
próximo do município de Santa Fé do Araguaia.
Viveram tradicionalmente da agricultura, da caça de animais da região
(caititu, anta) e principalmente da pesca. Atualmente, devido à pressão da
colonização brasileira e da criação de uma dependência quanto aos bens dos não
índios, acabam por comercializar uma parte dos produtos da pesca, artesanato,
entre outras atividades comerciais.
Por: Jornal da Noticia
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