Neste ano, a 2ª edição do Circuito Tecnológico –
Etapa Milho em Mato Grosso começará duas semanas
mais cedo que em 2014 e ocorrerá do dia 6 a 12 de abril. O período foi
antecipado para que a equipe que visita as propriedades possa verificar de
forma mais eficiente se as biotecnologias embarcadas nas cultivares de milho
estão cumprindo seu papel na resistência a pragas, de acordo com o gerente
técnico da Aprosoja, Nery Ribas.
O gerente destaca que a Embrapa Milho
usará informações de padrões internacionais para medir exatamente a eficiência
usada na biotecnologia das plantas de milho, que devem ser resistentes a pragas
como a lagarta do cartucho. “O que vem ocorrendo é que esse patamar prometido
por quem vende, não tem alcançado os objetivos finais. Não tem evitado que essa
praga apareça e permaneça. O que o produtor tem notado nos últimos anos é que
baixa essa eficiência”, afirma Ribas, durante a coletiva de lançamento do
Circuito Tecnológico, na tarde desta quarta-feira (1º).
No ano passado, a Aprosoja/MT cobrou explicações de
quatro multinacionais que comercializam sementes de milho transgênico para que
se manifestassem sobre os problemas apresentados pela tecnologia transgênica de
milho Bt, como a queda de resistência às pragas.
Serão visitadas 150 fazendas por quatro equipes que
aplicarão questionários aos proprietários e coletarão materiais da lavoura
também. A estimativa é de que ocorram oito coletas ao dia em lavouras de milho
a cada 10 quilômetros de distância. “Com isso vamos obter informações
estratégicas e preciosas sobre o potencial produtivo, pragas, infraestrutura,
além de estimar o que vem pela frente com relação ao milho e assim poder buscar
as melhores políticas públicas para o agronegócio”, diz o presidente da
Aprosoja, Ricardo Tomczyk.
A semeadura de milho no Estado teve início nas
últimas semanas de janeiro, paralelamente à colheita das lavouras de soja, e
foi finalizada no dia 20 de março, chegando a uma área total de 2,9 milhões de
hectares. A área é 8% menor que a área semeada no ano passado. A produção está
estimada em 15,29 milhões de toneladas diante de 17,72 milhões de toneladas da
safra passada, com uma produtividade que deve chegar a 86 sacas por hectare.
Em 2014, até o dia 26 de fevereiro – prazo da
janela ideal de plantio -, haviam sido semeados 74,7% da área de milho do
Estado. Em 2015, até esta mesma data, foram semeados 64% da área de milho do
Estado, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia
Agropecuária (Imea). Com o maior atraso na finalização da semeadura, os produtores
terão um risco maior no cultivo do cereal, o que pode gerar uma produtividade
menor também.
“Daqui para frente, o clima se torna um fator muito
importante para as lavouras de milho”, ressalta o gestor técnico do Imea,
Ângelo Ozelame. Segundo ele, para o período de 31 de março a 7 de abril, estão
previstos de 40 a 50 milímetros de chuva para todas as regiões de Mato Grosso,
mas a partir da semana seguinte, de 8 a 15 de abril, a previsão é de um menor
volume de chuvas na região sul do Estado, de acordo com dados do National
Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).
As equipes serão formadas por técnicos da Aprosoja,
da Embrapa Milho, idealizadores do evento, e do Instituto Mato-grossense de
Economia Agropecuária (Imea), que é apoiador.
Amanda Sampaio Do G1 MT
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