Há 10 anos, conforme dados oficiais, Mato Grosso é o estado campeão em número de diagnosticados de hanseníase. No ano passado, por exemplo, foram detectados 2.527 novos casos, 127 a mais que no ano anterior, 2010, com 2.400 diagnósticos.
Cuiabá aparece em primeiro lugar, com 317 novos casos em 2011, seguida de Sinop, com 332, e de Rondonópolis, com 288.
E já nas primeiras duas semanas de 2012, o Serviço de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde já havia recebido 19 novas notificações.
Com base nesses dados, pode-se afirmar que Mato Grosso caminha na contramão do país.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou em 2011 uma queda de 15% no número de casos de hanseníase em comparação a 2010, mas mesmo assim ocupa o 2º lugar no ranking mundial, atrás apenas da Índia.
Em 2011 foram registrados 30.298 casos da doença no Brasil, um coeficiente de 15,88 casos por 100 mil habitantes. Em 2010, a proporção era de 18,22 por 100 mil. O Estado com maior número de casos é Mato Grosso, com 77,89 por cada 100 mil habitantes. E em segundo lugar vem Tocantins, com 72,14 por 100 mil.
Até 2015 o país quer alcançar a meta de menos de 1 caso por 100 mil habitantes. Para acelerar a queda no número de casos, o ministério encaminhou R$ 16 milhões adicionais a 245 municípios considerados prioritários (que respondem por mais da metade dos casos da doença no País).
O dinheiro será usado para reforçar o trabalho de identificação de novos casos de hanseníase, de procura de pessoas que tiveram contato com doentes e aumentar os índices de cura da doença - estimada no Brasil atualmente em 80%. A estratégia integra o programa Brasil sem Miséria. (AA)
Diário de Cuiabá
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