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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Agentes prisionais entram em greve em MT por maior efetivo e reajuste



Servidores do sistema prisional de Mato Grosso, entre agentes penitenciários, médicos, dentistas, assistentes sociais e auxiliares administrativos e de saúde, entraram em greve nesta quarta-feira (29) por tempo indeterminado. Uma das principais reivindicações da categoria, de acordo com o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sinapf), é o aumento de efetivo a partir da contratação de pelo menos mais 600 servidores para atender a demanda. Ao todo, o sistema prisional do estado possui 2.218 servidores, que paralisaram as atividades.

O presidente do Sindicato da classe, João Batista Souza, disse ao G1 que os profissionais grevistas estão reunidos em frente à Assembleia Legislativa de Mato Grosso e aguardam reunião com os deputados acerca da pauta de reivindicação. ”Queremos um reajuste de 20% em 2012; 25% em 2013 e 30% em 2014, além do pagamento do adicional de insalubridade que, apesar de estar previsto em lei, o governo do estado não paga”, declarou o sindicalista.

Ele afirma que o estado alega não ter condições orçamentárias de conceder o reajuste neste ano e, quanto ao adicional de insalubridade, vai analisar o local para verificar o grau de insalubridade ao qual os servidores são expostos e, com isso, definir o valor do benefício. ”O governo sinalizou que irá designar uma equipe de engenheiros para identificar o nível de insalubridade das unidades prisionais”, pontuou o presidente do Sindicato.

Segundo ele, dos 600 servidores que deveriam ser contratados, 200 seriam destinados para Cuiabá, onde há três grandes presídios, e Várzea Grande, na região metropolitana da capital. O restante seria para atender as outras 63 unidades do estado. A falta de profissionais nos presídios dificulta o trabalho dos agentes que enfrentam maior risco de rebelião, assim como as próprias fugas, como ocorreu na semana passada na Penitenciária Central do Estado, antigo presídio do Pascoal Ramos, na capital, de acordo com João Batista. No entanto, os grevistas devem manter 30% das atividades, conforme o estabelecido em lei.

A Secretaria de Administração do Estado (SAD) informou que, por enquanto, não tem como nomear de imediato novos agentes prisionais. No entanto, disse que vai identificar os agentes que estão em desvio de função e aqueles que se enquadrarem nesse caso deverão retornar para as funções específicas. Nesta terça-feira (28), o governo apresentou as mudanças que poderiam ser feitas, entre elas o estudo sobre a insalubridade, previsto para começar na próxima semana, e a discussão sobre reajuste salarial a partir de janeiro de 2013.

Do G1 MT

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