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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Plebiscito pode ser empecilho para que distritos se tornem cidades

A realização de plebiscito para que distritos sejam emancipados pode ser o maior empecilho para lideranças. Os municípios “sede” possuem mais habitantes e, com isso, ficariam com os maiores ônus, porque os distritos ‘nasceriam’ sem dívidas. Acontece que muitas das riquezas movimentam a economia das grandes “cidades”, pois são geradas pelos distritos. Dessa forma, a probabilidade é que a população do “município mãe” opte pela não emancipação.
A discussão sobre o assunto ganhou força após a Câmara dos Deputados aprovar, no início deste mês, a emancipação. Em Mato Grosso, por exemplo, 20 distritos lutam para se tornar cidades. Mesmo assim, ainda têm alguns lugares em que a população é contrária a ideia, como no município de Pedra Preta onde o povo, por votação, decidiu não tornar a comunidade Vila Garça Branca num distrito.
Para que os moradores opinem sobre o assunto é necessário que a Justiça Eleitoral empreste as urnas eletrônicas. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é provocado administrativamente para auxiliar a realização do plebiscito. Logo depois é formada uma comissão eleitoral – com membros do distrito e município “sede” – que deve seguir as regras para realização da consulta plebiscitária.
O plebiscito é o último e mais delicado requisito para emancipação. Após sanção da presidente Dilma Rousseff (PT) – que ainda pode vetar a mensagem da Câmara – as 26 Assembleias do país, enfim, retomarão a autonomia de criar novos municípios. Antes, os distritos que desejavam se emancipar dependiam da aprovação do projeto, porque uma emenda constitucional aprovada em 1996 proibiu a criação de novas cidades por leis estaduais e definiu que isso só poderia ser feito por meio de autorização em Lei Complementar Federal o que, na prática, barrou o nascimento de municípios. 
 
Segundo a Constituição Federal, a população mínima que os novos municípios precisam ter é de 5 mil nas regiões Norte e Centro-Oeste; 7 mil na região Nordeste e 10 mil nas regiões Sul e Sudeste. A arrecadação deverá ser superior 10% da média das menores cidades do Estado. Em Mato Grosso, entre os distritos com lideranças que buscam a emancipação está, por exemplo, Ouro Branco do Sul, em Itiquira; Paranorte, em Juara; Capão Verde, em Alto Paraguai; e Salto da Alegria, em Paranatinga.
Por: RD News

 

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