Dos quase 10 mil presos de Mato Grosso, apenas 370
prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano, o correspondente a
5% do total. De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh),
a baixa adesão ao Enem é reflexo da falta de interesse dos reeducandos. Porém,
o número é positivo se comparado ao do ano passado. Houve crescimento de 40%.
Na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, 210 mulheres
fizeram a prova.
A Sejudh reconhece que nem todas as unidades prisionais têm salas de
aula, mas isso deve mudar a partir do ano que vem. A previsão é que em 2014
todas as unidades prisionais tenham salas de aula.
Uma das detentas do presídio feminino, Risya Nara Campos disse que o
Enem é uma oportunidade de testar os conhecimentos. "As oportunidades vêm
e temos que agarrá-las com as duas mãos e ter confiança. E sempre pensar
positivo que vai vencer", afirmou.
As presas que concluiram o ensino médio e tiverem boas notas concorreram
a vagas em universidades públicas, ou particulares por meio do Prouni.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso, Luiz Antônio
Pôssas de Carvalho, atribui a baixa adesão a falta de interesse dos internos,
mas afirma que a oferta de aulas dos presídios precisa ser ampliada.
"Todas as unidades terão sala de aula a partir do ano que vem. Este ano
algumas possuem", afirmou.
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