A dois dias para o início da Copa do Mundo no Brasil, a população
cuiabana segue preocupada com a possibilidade de propagação do vírus H1N1 –
conhecido como Gripe A ou Influenza A –, em razão do grande número de turistas
que estarão circulando pela Capital e pelo aumento do número de casos
confirmados e suspeitos no Estado.
Por medo de surto da doença, muitas pessoas têm procurado os postos de Saúde da
Capital, em busca da vacinação contra a H1N1, tendo seu pedido negado quando
não integram o grupo prioritário apontado pelo Governo Federal, como crianças,
idosos, pessoas com problemas crônicos respiratórios, entre outros.
A expectativa é de que a vacina seja liberada ao público em geral após o dia
15, quando o período de vacinação do grupo prioritário – já prorrogado – será
encerrado.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) tenta acalmar a
população, afirmando que não há registro de qualquer surto da doença na
Capital, uma vez que os 24 casos confirmados no Estado e as 12 mortes causadas
pela doença ocorreram em cidades distintas e, no caso dos quatro óbitos
registrados em Cuiabá, em bairros diferentes.
O Estado negou que existam bairros em quarentena pela doença – método de
isolamento que não é aplicado nesta doença, por ser um vírus de circulação
mundial – e afirmou que, no caso daqueles grupos não prioritários, a melhor
forma de prevenção é a lavagem das mãos com frequência e evitar locais com
grande aglomeração de pessoas.
Apesar da negativa de surto, todos os voluntários que vão trabalhar na
realização da Copa do Mundo em Cuiabá tiveram de tomar vacina, bem como
policiais e militares.
Mais casos
O medo da população aumentou após o registro, no final de semana, de mais uma
morte causada supostamente pelo vírus H1N1.
No domingo (9), três pessoas da mesma família, moradoras de Comodoro (656 km ao
Norte de Cuiabá) deram entrada no Hospital Regional de Vilhena (RO) com
suspeita de H1N1, sendo que o patriarca, de 45 anos – cuja identidade não foi
revelada – teria falecido em decorrência da doença.
A esposa da vítima foi liberada pelo hospital, mas a filha do casal, de seis
anos de idade, seguiria em observação na unidade.
Ao MidiaNews, a SES afirmou que os casos ainda estão sob
investigação.
Contágio
A transmissão do vírus pode ocorrer entre dois dias antes do início dos
sintomas na pessoa infectada até cinco dias após o mesmo.
A transmissão mais comum é a direta (pessoa a pessoa), por meio de gotículas
expelidas pelo indivíduo infectado ao falar, tossir e espirrar.
Pode-se transmitir a doença pelo modo indireto, por meio do contato com as
secreções do doente.
Sintomas
Segundo a nota enviada pela SES, os sintomas do vírus H1N1 são: febre maior que
38ºC com duração de, em média, três dias; cefaleia (dor de cabeça), mialgia
(dor nos músculos), calafrios, prostração, tosse seca, dor de garganta,
espirros e coriza, pele quente e úmida, olhos hiperemiados (vermelhos) e
lacrimejantes, garganta seca, rouquidão e sensação de queimação retroesternal
ao tossir, aumento dos linfonodos cervicais, sintomas gastrintestinais
(diarreia), astenia (fraqueza) e náuseas.
Prevenção
A pasta orienta, como forma de prevenção, as seguintes ações: lavagem das mãos
com frequência, em especial ao retornar para casa, antes de preparar e/ou
consumir qualquer alimento, antes de qualquer serviço, depois de tossir ou
espirrar, após usar o banheiro; e lavar os brinquedos das crianças com mesmo
quando não estiverem visivelmente sujos.
Também são formas de prevenir a doença a restrição do contato de familiares
portadores de doenças crônicas e gestantes com o doente; utilização de máscara
pelo doente; evitar aglomerações de pessoas e ambientes fechados, em especial
na época de epidemia; evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com
superfícies; evitar sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da
doença (ate cinco dias após o início dos sintomas); vacinação contra influenza
para a prevenção da doença e suas consequências.
A lavagem das mãos deve ser feita com utilização de sabão, lavando inclusive os
espaços entre os dedos e os pulsos, durante no mínimo uns 15 segundos,
enxaguando e secando com toalha limpa.
Por:
Midia News
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