TAPIRAPE FM

terça-feira, 11 de novembro de 2014

A colheita do pequi já começou no município de Ribeirão Cascalheira, a expectativa dos produtores rurais é comercializar 800 toneladas em dois meses (novembro e dezembro). O técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Carlos Alberto Quintino, fala que estão vendendo em média 15 toneladas do fruto por dia, para compradores de Brasília, Goiânia e Cuiabá. Conforme decreto Governamental, o pequi é considerado uma das árvores símbolos de Mato Grosso, representando o bioma cerrado.

É uma frutífera que representa os costumes, tradição e culinária da região Centro-Oeste. Carlos Alberto ressalta que nos últimos quatro anos, a safra do pequi tem movimentado a economia do município. Uma caixa com 28 quilos de pequi está sendo comercializada a R$ 22,50. O quilo é vendido por R$ 1,24. “Nessa época os frutos são carnudos, bonitos, amarelos como ouro e proporciona aos produtores rurais lucro e renda”, destaca o técnico.

O cultivo do pequi é nativo e ocupa uma área de 120 hectares, e alguns produtores estão plantando novas mudas para ser utilizada também no reflorestamento de áreas degradadas. O produtor rural, Hélio Loffir, do Assentamento Maria Teresa, numa área de 20 hectares, fez um cultivo consorciado com pequi e pastagem. A intenção do produtor é recuperar as áreas degradadas e comercializar os frutos. Normalmente uma árvore de pequi produz dois mil frutos por colheita, e começa a produzir no quinto ano, após o plantio.


O secretário municipal de Cultura, esporte e lazer, Luis Claudio da Silva, fala que na Escola Antonieta Melgues Camargo, foi construído um viveiro para multiplicação das mudas de pequi, ipê e outras, para reflorestar áreas degradadas, recuperar Áreas de Preservação Permanente (APP) e educação ambiental. No dia 14.11 (sexta-feira), os alunos sob o comando da diretora, Carlice Pinto Moraes, vão participar da distribuição de 200 mudas de plantas nativas que será entregue para a população.

Unidades de pesquisa - A pesquisadora da Empaer, Lozenil Carvalho Frutuoso, implantou unidades demonstrativas na Baixada Cuiabana para avaliar o comportamento do pequi e cinco espécies frutíferas que serão utilizadas para reflorestamento, consumo humano e animal. As unidades foram implantadas há mais de 12 anos. A análise nos experimentos é feita desde a coleta no campo, plantio e desenvolvimento da planta – altura, espessura do tronco, adubação e outros. Lozenil explica que não existem no Estado grandes produtores de pequi e que tem potencialidade e demanda para a cultura, todavia a produção da fruta ainda é nativa.

Por ROSANA PERSONA

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