Fotos: José Medeiros |
Preocupado com indícios de irregularidades em
projetos e obras, constatados antes mesmo de tomar posse, o governador Pedro
Taques determinou paralisação de todos os serviços nas rodovias estaduais, como
de pavimentação, de revitalização, de manutenção e até de supervisão. A medida
afeta todas as regiões do Estado, inclui convênios e o programa MT Integrado e
também construção e reconstrução de pontes de madeira. Com isso, a secretaria
de Infraestrutura e Logística, sob Marcelo Duarte Monteiro, baixou ordem de
paralisação. E só vai retomar as obras após reavaliação e até auditoria nos
contratos, o que pode demorar mais de dois meses.
Com 122 rodovias, a malha rodoviária estadual chega
a 30 mil km e, dessa extensão, apenas 6,2 mil km (menos de 20%) são pavimentados.
Na prática, as MTs estão à mercê de investimentos em infraestrutura e
suscetíveis a intempéries climáticas que abrem buracos e atoleiros,
principalmente nesta época do ano, e prejudicam diretamente a vida das pessoas,
além de comprometer o escoamento de grãos, principal atividade econômica do
Estado.
Logo em sua primeira semana de mandato, o
governador mandou interromper serviços de pavimentação, revitalização e
supervisão em 11 rodovias. Uma delas é a MT-100 (Alto Araguaia-Ponte Branca),
onde estavam atuando as empreiteiras Emsa e Equipav. A obra desse trecho faz
parte do MT Integrado. Também foram suspensos obras nas MTs-326 (Nova
Nazaré-Cocalinho), 343 (Porto Estrela-Barra do Bugres), 249 (São José do Rio
Claro-Nova Mutum), 010 (Cuiabá-Rosário Oeste), 270 (Rondonópolis-Guiratinga),
423 (Cláudia-União do Sul), 336 (Barra do Garças ao distrito de Toricoeje), 170
(Juína-Brasnorte) e 235 (Campo Novo do Parecis-Sapezal). As empreiteiras
contratadas para essas obras são, além da Emsa e Equipav, a H.L., a Destesa
Terra, a Terraplenagem Centro-Oeste, a Paviservice, a Agritop e a Projecta.
Sem asfalto e pontes
Acatando recomendação do engenheiro Cleber de
Oliveira, superintendente de Manutenção e Operação de Rodovias, o governador
mandou interromper também os serviços de manutenção em rodovias sem asfalto,
numa extensão de 1,1 mil km. Abrange 6 municípios: Cláudia, Colíder, Guarantã
do Norte, Itauba, Marcelândia, Matupá, Santa Carmem e Sinop. Entram também na
interrupção 30,2 km da MT-338, do entroncamento do distrito de Naboreiro, em
Rondonópolis, à divisa com Poxoréu.
No caso de obras de reconstrução de pontes de
madeira, foram interrompidas aquelas para execução na região Oeste, abrangendo
São José dos Quatro Marcos, Mirassol D’Oeste, Lambari D’Oeste, Reserva do
Cabaçal, Araputanga, Barra do Bugres e Porto Esperidião. O Estado interrompeu
ainda serviços de reconstrução e reforma de pontes de madeira em quatro outros
municípios: Marcelândia, Cláudia, Novo Mundo, Nova Canaã do Norte e no distrito
de Colorado do Norte.
Escrito por Romilson Dourado-Rdnews
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