Mato
Grosso, estado brasileiro que detém o maior rebanho de bovinos do país,
encerrou 2014 com o melhor índice de cobertura vacinal contra a febre aftosa
registrado no país. Conforme dados divulgados ontem pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária a Abastecimento (Mapa) o percentual de animais imunizados
contra a doença foi de 99,61%. De um efetivo de 28,48 milhões de cabeças
(inclusive bubalinas), 28,37 milhões receberam dose da vacina.
O
Estado possui status de zona livre de febre aftosa com vacinação, reconhecido
pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O último caso da doença ocorreu
há mais de 19 anos.
No
país inteiro, o percentual de imunização foi de 97,84%. Como ressaltam os
técnicos do Mapa, os serviços veterinários oficiais de cada estado persistem na
busca por vacinar 100% de seus animais, mesmo após o período regular das
campanhas, com atendimento assistido para comprovar a aplicação da dose.
O
segundo estado com maior plantel de bovinos é Minas Gerais, com mais de 23,5
milhões de animais, que alcançou cobertura de 97,22. Goiás vacinou 99,6% dos 21,3
milhões de cabeças de gado. Já o Mato Grosso do Sul, com 21 milhões de animais,
imunizou 99,26%.
A
febre aftosa é atualmente a maior ameaça econômica para os países que dependem
das exportações de carnes bovinas e seus derivados. É a principal ‘doença
comercial’. Segundo o OIE, a febre aftosa é uma doença pertencente à lista A,
ou seja, é uma doença transmissível possuindo um potencial de difusão muito
sério e muito rápido, independente das fronteiras nacionais, trazendo
consequências sócio-econômicas graves, de maior importância no comércio
internacional de animais e produtos de origem animal.
A
campanha contra a aftosa é realizada em duas etapas no país, uma em maio e a
outra em novembro. Como destaca o Mapa, os resultados foram alcançados em
esforço conjunto entre governo federal, governos estaduais e iniciativa privada
para livrar o Brasil da doença.
O
esforço de erradicação da doença é importante para a manutenção e abertura de
novos mercados internacionais, que impõem barreiras sanitárias aos países onde
a doença ocorre. Projeções do Mapa apontam que o Brasil será responsável por
cerca de 45% do mercado mundial de carnes até 2020.
Escrito por Gazeta Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário