Quem precisa dirigir pelas ruas a avenidas de Confresa, sente as
dificuldades. Carros, motos, ônibus, ciclistas e pedestres dividem espaço,
muitas vezes em ruas apertadas, com problemas de sinalização e de conservação.
Além disso, tem o acréscimo de veículos que vem de outras cidades da região em
busca de serviços, como atendimentos médicos.
O resultado, podemos observar no noticiário deste final de semana. Muitos
acidentes, que por vezes terminam em mortes. Segundo a Polícia Militar, mais de
40% dos boletins registrados na cidade são oriundos de acidentes de trânsito. E
a explicação para isto pode estar nos números.
Segundo o Detran (departamento estadual de trânsito) Confresa tem um
carro para cada quatro motos. Em números exatos são 4.123 motos e 1.463 carros,
de acordo com a última atualização disponibilizada pela instituição em janeiro
deste ano. A frota de veículos emplacados em Confresa é de 7.948 veículos,
incluindo ainda ônibus, caminhões camionetas, reboques, motonetas, dentre
outros.
Para o economista Eliezer Soares, existe uma explicação lógica para
tantas motos. "A facilidade, com pouco dinheiro é possível dar entrada e
comprar uma. O que estamos vendo é uma substituição em massa, nos últimos anos,
de bicicletas por motos. Prática, barata e com baixo consumo", destacou o
economista, reforçando que por outro lado, o número elevado de motos acaba
aumentando a quantidade de acidentes.
"Como é fácil comprar, muitas vezes o motorista não está
habilitado. É mais caro tirar uma CNH, do que comprar o veículo, e assim temos
muitas pessoas sem noções básicas de direção defensiva no trânsito",
destacou Soares. Mas se a população economiza com as motos, o governo acaba
gastando mais.
Isso, porque os acidentes custam caro. O resgate, o atendimento médico e
o processo de recuperação. Leandro Kervalt é um dos colaboradores da Agência da
Notícia, e recentemente acabou se envolvendo em um acidente de trânsito.
"Foi no Jardim Planalto, e aconteceu devido a má-conservação da
rua, fui fechado e cai de moto", contou Kervalt. A queda que parecia
simples acabou quebrando sua clavícula e um dedo, teve que passar por uma
cirurgia, ficou 20 dias internado, afastado do emprego, além do processo de
recuperação, que durou mais de três meses.
"Só com remédios gastei mais de R$ 700 e o mais revoltante é saber
que a rua hoje, está do mesmo jeito", concluiu Leandro.
Por: AMZ Noticias
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