Cerca de 1/3 da população de Mato Grosso vive na pobreza, segundo
números são do Ministério do Desenvolvimento Social de Combate à Fome, até
agosto deste ano. Um total de 423 mil pessoas em situação de extrema pobreza se
sustentam com R$ 77 por mês. Outras 613 mil têm renda mensal de R$ 349 e estão
em situação de pobreza, como é o caso da diarista Alessandra Santos.
Ela está desempregada e conta que a única renda dela e dos oitos filhos
vem do Bolsa Família, de R$ 259 por mês. Ela mora em um barraco com risco de
cair, em Cuiabá, e recebe doações de alimentos. "Tenho medo do barraco que
eu moro cair nos meus filhos", declarou.
Segundo a pesquisadora do curso de serviço social da Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT), Vera Bertoline, a desigualdade social do estado
se deve à atividade econômica. "É a pecuária, a agricultura, que se volta
para a monocultura que não é geradora de empregos, mas gera renda para o dono
da propriedade", disse.
A catadora de recicláveis do aterro de Cuiabá, Terezinha Ferreira Ramos,
mora com o marido, dois filhos e quatro netos, com uma renda mensal que não
passa de R$ 300. Ela diz que mesmo trabalhando o dia todo não consegue comprar
nada em lojas ou em supermercado. "Não tem como comprar um eletrodoméstico
ou algo para casa", afirmou.
Para tentar reduzir esse número, a prefeitura de Cuiabá informou que tem
oferecido cursos de capacitação. "Também criamos um banco de dados onde as
pessoas qualificadas ficam armazenadas e temos uma equipe de captação de vagas
de emprego no mercado de Cuiabá", declarou.
Por: G1
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