O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou nesta quarta-feira (7) que, de 2003 a 2011, aumentou em 10 vezes a média mensal de atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) a usuários de álcool e drogas em todo país. Os dados foram apresentados durante lançamento de conjunto de ações integradas para o enfrentamento do crack no Brasil.
O número de atendimento dos Centros de Atenção Psicossociais (Caps), segundo assessoria do ministério da Saúde, passou de 25 mil - média mensal de atendimentos no ano - em 2003 para 250 mil atendimentos mensais em 2011, considerando dados até outubro deste ano.
Para o ministro, o país vive uma epidemia de crack, o qual classificou como “ferida social”. “Temos que reconhecer que estamos sim tecnicamente diante de uma epidemia de crack em nosso país”.
Padilha disse que, em atendimento a uma orientação da presidente Dilma Rousseff, haverá uma “rede de retaguarda” de assistência a usuários que funcionará 24 horas por dia. “Os serviços de saúde têm que se responsabilizar 24 horas por dia porque ela [pessoa usuária de droga] não escolhe a hora de ter uma crise de abstinência”.
Plano de enfrentamento
O governo federal pretende investir R$ 4 bilhões para aumentar a oferta de atendimento de saúde aos usuários de drogas, enfrentar o tráfico e ampliar ações de prevenção.
O programa, cujo mote é “Crack, é possível vencer”, pretende criar enfermarias especializadas com 2.462 leitos destinados ao tratamento de usuários de drogas nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento previsto para essas enfermarias é de R$ 670 milhões.
G1, em Brasília

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